Deitar a cabeça no ombro de alguém no final de um dia e suspirar aliviada com a certeza de que você tem alguém em quem pode confiar = artigo de luxo nos dias de hoje ,,, a maioria precisa levar a vida se contentando com as imitações ou sendo uma delas. Alguns dias a falta de confiança pesa mais que em outros e nestes dias, mais que em outros o que você mais queria era xeretar e ver que tudo é coisa da sua cabeça, ou talvez ouvir tudo da boca da própria pessoa.Doloroso quando nenhuma das duas coisas acontecem ... seia doloroso de todo jeito. Não há paz onde não exixte confiança.

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E nem todo dia a felicidade bate à porta. Tem dias de tempestade, raios e trovoadas, Dias de solidão. Dias em que a dor só dói menos que a nossa incapacidade de gritar e que o grito preso só dói menos que a ausência de ter quem verdadeiramente possa te escutar. Mas no fim do dia eu sonhei com você. "Diga lá, meu coração Da alegria de rever essa menina E abraçá-la E beijá-la Diga lá, meu coração Conte as estórias das pessoas Nas estradas dessa vida Chore esta saudade estrangulada Fale, sem você não há mais nada Olhe bem nos olhos da morena e veja lá no fundo A luz daquela primavera Diga lá, meu coração Que ela está dentro em meu peito e bem guardada E que é preciso Mais que nunca Prosseguir Prosseguir"

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Quantas são as árduas lutas que precisamos travar, os dissabores que acabamos por ter de amargar? Ah, como são desesperançosos alguns dias! E quantos mergulhos profundos precisamos empreender em busca de força e fé. Força pra seguir em frente com fé em dias melhores, fé em finais felizes, fé em uma vitória que deveria ser líquida e certa, sempre, para aqueles que, mesmo cansados das lutas travadas, não cansam de lutar e lutam, ainda que as feridas sejam muitas, que a lágrima seja inevitável cair, que o sorriso não seja largo nem farto e seja muito mais uma forma serena de dizer que teima em acreditar que tudo vai ficar bem no final. Quantas serão as vezes em que veremos as nossas dores como as maiores do mundo? E para todas estas vezes, que não nos falte disposição pra olhar para o lado. E que não nos falte, mais ainda a capacidade de enxergar que outros passam por dores bem maiores, o que não nos tira o direito de sentirmos o que nos couber sentir, mas nos imprime o dever de nos enchermos de gratidão pela bondade Divina, que não nos dá uma carga maior do que a que realmente podemos aguentar. E quantos serão os medos a serem enfrentados? E contra estes, que outro remédio além da fé em uma Força Divina, Superior e Amorosa que não nos desampara jamais. E em dias que as lutas de outros me fazem olhar um pouco menos ‘pras’ minhas lutas eu cantarolo uma canção com o coração prenhe de desejo por dias melhores pra você e pra mim. Que possamos dar adeus àquilo que nos amedronta. “Perdi o medo de noite escura, alma penada, caipora, assombração Ando orando, a fé pura não mistura sentimentos em vão. Não tem caminho, tem somente o caminhar. Plano de vôo pleno, sempre voar. Senhores passageiros com destino ao bem virá A Terra sem males existe em todo lugar. O amor bateu asas com destino a comunhão Adeus papa figo. Adeus bicho papão.” Do CD Passarinhos do Carroça de Mamulengos

Quando o Cansaço Bate

Será que vai valer a pena tanto esforço? Cansada, muito cansada de algumas lutas cotidianas. E os dias passam e o cansaço ganha forma de grande desânimo.

É inútil correr atrás de um balão ávido de vôo, cortando o céu. Quanto mais se corre, mais o movimento do ar contribui para o balão ir pra mais longe. Melhor ficar parada e se o balão tiver de voar pra longe de você, assim será. Quem sabe olhar melhor pra aquilo que nos cerca e querer aquilo que está com os pés fincados no chão. Dias pra se pensar não mais nos caminhos que trilhei pra chegar até aqui, mas nos caminhos que estou disposta a trilhar. Ou seria os caminhos que preciso trilhar?

Quem é essa mulher refletida na tela do computador?

Vendo minha imagem refletida na tela do computador. Me sentindo cansada. Um vazio tão grande. Um tremor. Um temor, ou seriam vários? Me sentindo a verdadeira protagonista de uma música conhecida de Chico Buarque e me perguntando: quando foi que eu me tornei desinteressante? Aconteceu e eu nem percebi? Ou percebendo e não tendo o que fazer, dei de ombros? A pergunta que não quer calar: será que se eu pintar e cortar o cabelo, você vai voltar a olhar pra mim?

Escrita há meses atrás. Sobre o meu verdadeiro amor da vida inteira :)

Com a chegada de Benito, as noites não tem sido mais as mesmas. Ficamos juntinhos, no balanço de uma rede. Ele entre uma cólica e outra, entre uma mamada e outra, fica ali de rostinho colado no meu peito ouvindo o tic tac do meu coração, velho conhecido dele. Eu, confesso, que, as vezes, o cansaço me faz contar os minutos pra que o Sol chegue logo. Com sua chegada, Benito dorme, e eu, vou cuidar da vida. Hoje, o Sol nasceu e a gente nem deu trela pra ele, adormecemos em detrimento da luz e do barulho da vida lá fora.