domingo, 23 de janeiro de 2011

Das coisas que li, vivi, senti e vi

Abro a janela e vejo
Vejo a vida em suas formas, suas cores
E sinto-as como gotas de água que vem de um mesmo mar
Expressões do amor divino, que convida a navegar e se encantar
Entre o mundo concreto e o além.

E assim, sigo olhando a vida que se desvela
Revela-se naquilo que tão facilmente nos escapa
Será delírio onírico? Alucinação?
Será apenas interpretação, sujeita aos vieses de minha turva visão?
Razão fria? Visão sem emoção?
Aquilo que insiste em com a vida se acostumar
Quando toda a beleza talvez esteja mesmo é na eterna capacidade de estranhar.

Sigo
Ainda que eu insista em duvidar
Da grandeza que tem essa forma de olhar
E abro a janela
Olho a vida com olhos de estranheza
Olhos de criança que mesmo no banal enxerga a beleza

Sigo
Ainda que saiba o quanto há pra aprender
Observá-la, recolhê-la, decantá-la
Viver demanda paciência
Exige cuidados

Sigo
Não há tempo a perder
Escancaro portas e janelas
Contemplo a vida
E junto com outros encantados
Sem medo
Me ponho a viver.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Genialidades de Manuel

“só quisera trazer pro meu canto o que pode ser carregado como papel pelo vento”
Manuel de Barros

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Quero

Quero ser tantas e tantas coisas...
Quero ser cineasta, escritora, professora (com P maíusculo de propriedade), ilustradora de livro infantil, fotografa, musicista, chef de cozinha, estilista (ou seria designer de moda) e estilosa, andarilha ou mochileira, palhaça, esculturora, musicista, artista, arteira, produtora, museóloga, antropóloga, crítica e apreciadora de arte (...) Quero tanto e me vejo sendo tão pouco. O tempo passando e quase nada disso tudo se concretizando.

Acho que vou começar tentando ser boa mãe, boa filha, boa amiga, inclusive para mim mesma.