domingo, 23 de janeiro de 2011

Das coisas que li, vivi, senti e vi

Abro a janela e vejo
Vejo a vida em suas formas, suas cores
E sinto-as como gotas de água que vem de um mesmo mar
Expressões do amor divino, que convida a navegar e se encantar
Entre o mundo concreto e o além.

E assim, sigo olhando a vida que se desvela
Revela-se naquilo que tão facilmente nos escapa
Será delírio onírico? Alucinação?
Será apenas interpretação, sujeita aos vieses de minha turva visão?
Razão fria? Visão sem emoção?
Aquilo que insiste em com a vida se acostumar
Quando toda a beleza talvez esteja mesmo é na eterna capacidade de estranhar.

Sigo
Ainda que eu insista em duvidar
Da grandeza que tem essa forma de olhar
E abro a janela
Olho a vida com olhos de estranheza
Olhos de criança que mesmo no banal enxerga a beleza

Sigo
Ainda que saiba o quanto há pra aprender
Observá-la, recolhê-la, decantá-la
Viver demanda paciência
Exige cuidados

Sigo
Não há tempo a perder
Escancaro portas e janelas
Contemplo a vida
E junto com outros encantados
Sem medo
Me ponho a viver.

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