quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

O que eu faço agora?

Eu reproduzo aqui um parte de um post do Mãe de Primeira (indicação da Aninha, a moça de textos maravilhosos dona de um Café maravilhoso que eu visito vez e sempre).
Neste post ela fala de uma pergunta que a gente se faz quando se separa ... que eu continuo me fazendo apesar do tempo e do esforço que tenho feito pra continuar a levar a vida ou, melhor seria dizer, me deixar levar por ela. Sei não ... li e achei que devia deixar isso registrado aqui pra me lembrar o que fazer até quando a pergunta voltar!

Let it be22.10.07
Ela faz aquela cara de interrogação e dispara: O que eu faço agora?Fico sem saber o que dizer, até que, por fim, solto: Não faz nada. É isso. Não faz nada (será que a resposta é pra ela ou pra mim mesma?).Ou melhor, faz só as pequenas coisas. As mínimas, mais simples, aquelas menos pensadas. Fica cinco minutos debaixo do sol pela manhã. Toma um banho demorado. Passa o melhor hidratante. Prepara uma salada de frutas. Compra uma cerveja bem gelada. Escuta sua música preferida infinitas vezes. Dança sozinha na sala. Liga para um amigo querido. Corre no parque. Dorme a manhã inteira. Foge pra praia. Arruma a casa e limpa as gavetas. Trabalha direito. Espera o dia nascer pra depois sonhar acordada - cinco minutos tá bom, que o exagero estraga.Somente o necessário pro dia correr, pra pulsão existir. Sem grandes decisões, a maré vai mudando. Até que te leva pra outra praia - espero que, dessa vez, aquela que será definitivamente a sua.
http://maedeprimeira-paloma.blogspot.com

Eu quero ser um desenho animado

Eu quase nunca escrevo aqui, apesar de quase sempre pensar em muitas coisas que eu deveria registrar. Entre as coisas que registraria diariamente seriam as minhas conversas com a pequena Vitória. Tirando as brigas pra escovar os dentes, tomar banho, comer tudinho, dormir cedo, não pular na cama, recolher os brinquedos e não desenhar todo papel que encontra pela frente, que faz a gente pensar se está preparada fisicamente para ser mãe (rsrsrsrs), a tarefa de ser mãe é surpreendentemente maravilhosa! As vezes me pego olhando pra minha filha e pensando: "o que sairá desta cabecinha maluca hoje?". Uma das últimas da Vitória (confesso que fiquei até assustada com a história):

Sabe de uma coisa mãe?!
O quê?
Eu quero mesmo é ser um desenho animado!
Um desenho animado? Por que, filha?
Por que pode fazer tudo, nunca se machuca, nem morre!
Vitória!!! De onde você tirou isso!?

Silêncio e minutos depois ...
Mãe!!! Sabe de outra coisa?!
O quê, Vitória?
Desisti de ser desenho!
Por que?
Por que não se machuca, não morre, mas pode a qualquer momento ser apagado!
Virou e continuou a desenhar

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Diálogo

Personagem 1 - Não!! Não chora!! Eu não gosto quando tu chora!
Personagem 2 - Sim, eu vou chorar! Eu quero chorar!!
Personagem 1 - Não, não chora menina!
Personagem 2 - Mas eu quero chorar, eu quero e vou!!
Personagem 1 - Então, pode chorar!Mas eu não vou ficar mais dizendo: "chora não bebê, viu!?


Personagem 1 - Minha filha Vitória
Personagem 2 - EU!!!!

De que planeta ela veio mesmo?!!!

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Migalhas

Talvez o cúmulo do amor de menos por si mesma seja ofertar amor de mais para outros, a epera de um pequeno olhar, um pequeno carinho, um pequeno cafuné ... qualquer pequeno sinal de bem querer, mesmo quando todas as evidências gritam: Desista!!! Não adiante esperar a volta, o troco ... esse não virá!
Que forma estranha de não sofrer!!!!