segunda-feira, 23 de março de 2009

Momento Descompostura


Aqui antes constavam outras palavras, abreviações de palavrões, muita mágoa, ressentimento, tristeza, descompostura. Resolvi deixar só a imagem, e acho que ela diz muito. Resolvi ressignificar depois que soube o quanto isso - a exposição, as duras palavras - tinham magoado alguém que continua sendo importante pra mim. Me desculpe, caso você volte a visitar esse espaço. Não fiz por mal ... as vezes a gente só se permite ser demasiada humana e os sentimentos saem em forma de palavras sem racionalizar se isso vai machucar alguém.

Tempo de Aprender 1

É tempo de aprender! Tempo de aprender a não ser tão carrasca comigo, a ver o copo "meio cheio", a curtir a solidão, a gostar da minha companhia.

É tempo de aprender! Tempo de aprender a não esperar (sempre) que alguém venha e me dê colo. Mas me sentir merecedora quando este aparecer. Aprender a me dar colo e a me ninar de vez em quando.

É tempo de aprender como se endurece a casca.

Inevitável, neste tempo, remexer aqui por dentro e me enterrar debaixo de tranqueiras e mimos que guardo cá. Adentrar no colorido e no preto e branco da minha vida. Rolar em gramas verdes e chafurdar na lama.

Tudo por uma boa causa: aprender a aprender quem eu sou!



...




A., tirei esta foto em Jeri há uns dois meses atrás. Durante um tempo, revisitando os albuns da viagem eu pensava toda vez que olhava pra essa foto: "É fato! Eles andam pra trás, se enterram na lama ... mas depois saem e escalam árvores!!! Que bichinhos danados!" Receba-a ... agora ela é sua!



sexta-feira, 13 de março de 2009

Leite Morno

Quando tudo parecia tão sombrio e assustador, quando eu cheguei a imaginar ser incapaz de ser amada por alguém, ela me estendeu a mão. Foi assim na infância e continua a ser assim em todos os dias da minha vida, durante todos esses anos, esteja perto ou longe.
Sempre pensei que Deus havia enviado ela pra terra pra velar por mim. Presente de Deus!
Nos momentos mais difíceis, ela sempre esteva lá ... com um copo de leite morno, oferecido sempre acompanhado de um olhar atento (para garantir que não ficasse nem uma gotinha na xícara) e um sábio conselho: "Tome todo minha filha e depois deite um pouquinho pra deixar o leite correr no corpo e esquentar o coração". Sempre funcionava.
Sempre ela, sempre o copo de leite, sempre aquelas palavras, o que acabava me acalentando, aliviando os meus pesares. Desconfio que aquele leite era preparado com doses generosas do amor e da força da minha avó.
Talvez por tudo isso eu tenha passado todos esses anos pensando que minha vó ficaria para semente e que sempre teria seu apoio, seu colo, suas palavras e o leite morno. Hoje, aquela cabecinha branca, o meu capuchinho de algodão, está amparada por um travesseiro verde água de um leito de UTI. Me dói pensar na possibilidade de não tê-la por perto ... me dói não conseguir oferecer a ela o leite morno pra esquentar aquele enorme coração que tem dado sinais de cansaço. Perdão vó!!! Seria a minha vez de te servir, né? ... mas tô com tanto medo de tudo ... preciso de você e do seu leite morno.

sábado, 7 de março de 2009

Amigos de Infância

Conheci pessoinhas pra lá de interessantes nos últimos dias: José e Pedro.
O meu pequeno amigo Zé tem 2 anos e é uma criaturinha muito sapeca que me chama carinhosamente de Bal. O Pedro, esse, no auge dos seus dois meses de vida, me oferecia sorrisos banguelos (rsrsrs). Encheram meu coração de alegria e me ajudaram a superar a saudade que sinto da minha filha quando estou em Terras do Padim a trabalhar.
Ah!Cabe dizer que conheci a mãe das duas figurinhas, R., uma pessoa do bem e uma mãezona, que me acolheu em sua casa com muito carinho e me escutou pacientemente durante horas, a falar de assuntos dos mais variados, apesar da sua longa jornada de mãe e professora.
Aos três, o meu carinho.