quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Mãe é mãe

Há uns três dias atrás, amanhecemos aqui em casa com a grata surpresa da presença de mais dois integrantes na família, M1 e M2, filhos dos hamsters de Vitorinha (Mari e Toquinho). Ninguém imaginava que Marizinha estava esperando um bebezinho, achava apenas que ela tinha passado da conta nas sementinhas de girassol e estava um pouquinho de mal com a balança. E quem poderia a condenar por isso, não é? Mas, eis que Vitorinha grita numa manhã, em que, como de costume, ela vai fazer uma visitinha matinal a nossa Marizinha: "Mãe, Marizinha, teve filhote!" A partir daí foi uma alegria e um nervoso só, o que fazer pra Marizinha ficar bem pra cuidar dos novos membros da família? Decidimos deixar que a Natureza se encaminhasse disso. Mari fez um ninho e não arredou pé dali. Ficava olhando a tudo e a todos.Qualquer movimento suspeito, ela cobria/escondia ainda mais os seus pequenos. Ficava o tempo todo de olho neles, que vez por outra gruniam bem baixinho. Ontem, não os ouvi grunir e pensei que algo estava errado,mas resolvi acreditar que era só eu e minha mania de achar que as coisas não estão bem. Mari passou a noite rodando em sua rodinha, roendo as grades, subindo e descendo sem parar. Hoje pela manhã, ficou puxando, com aquela boca tão miudinha, os papéis que cobriam o ninho,desmanchando-o, espalhando papel por toda gaiola, enquanto olhava pra mim olhando pra ela e perguntando por que ela estava tão agitada. Tomei coragem e mexi no que restava do ninho. Infelizmente os filhinhos de Mari e Toquinho não sobreviveram. Tentei trocar Marizinha de gaiola. Ela fez um barulhinho típico de quando está assustada, e diferente do que sempre faz, fugiu das minhas mãos, das mãos de Vitorinha, até que, depois de um bom tempo, devagarinho, receosa, ainda agarrada a um pedaço de papel que fazia o ninho, veio até minha mão e se rendeu ao cansaço e/ou talvez a ideia de que não podia fazer mais nada. Eu, fiz o que tinha de fazer, com um aperto muito grande no meu coração, limpei a gaiola, onde até poucos dias, vivia uma mãe e dois filhinhos e agora tem apenas, um vazio. Estou triste,uma tristeza que só quem é mãe pode ter a real noção de como é.