segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

De volta ao passado?

Vez por outra a gente "sem vê nem pra quê" tenta voltar ao passado. Pelo menos eu sou assim!
Parece que quando a vida não tá tão aprumada, a gente remexe o baú, procura pessoas, rememora fatos, como se tudo que aconteceu lá atrás tivesse sido bem mais gostoso.
Vai ver que nem é ... mas a gente faz isso! Pelo menos eu faço.
Hoje eu remexi, vasculhei bem muito meu passado! Não que a vida ande ruim. Pelo contrário, anda até bem boa ... Talvez fosse só falta do que fazer. Não importa. O que importa é que de alguma forma, fiquei feliz com o que encontrei!!Muito embora os achados ainda sejam tímidos.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Um pequenino passo de cada vez

"Um passo a frente [só um, pequenininho] e você não está mais no mesmo lugar"

Domingo fui à praia. Não gosto de praia. Aprecio o mar, mas não me atrevo a passar horas quarando sob o sol. Não tomo banho de mar ... apenas molho os pés. Vou de biquini, apenas para parecer "igual" ... Mas neste domingo, me perguntei por que sou assim e, simplesmente, me permiti. Me permiti quarar até ficar com a marca do biquini apenas na frente e no meu lado direito (o outro lado ficou escondido pela barraca). Pura falta de experiência, ou tentativa de permanecer na mesma? Eu entrei no mar, não somente para molhar os pés, mas de corpo inteiro e com direito a mergulho. Me permiti tirar o short e desfilar pela praia como se tivesse curvas perfeitas, seios fartos, nenhuma celulite e como se a minha cor fosse típica e inspirada por Jorge Amado: cor de Gabriela. Pensando bem, me permiti, apenas! Não achando que tinha curvas perfeitas, mas começando a saber o que é se sentir bem consigo, apesar de um tanto de coisa que não tá em ordem, dentro e fora de mim. E, de repente, me vi na praia até as 13:30. Que fique registrado: um marco! Coisa que não fazia desde o tempo de namoro, quando normalmente a gente se permite, ou que só fazia quando era criança e não podia dizer que não queria ficar. Fiquei e fiquei por que quis. Fiquei e disse a Vitória que era legal nadar, mesmo eu não o sabendo fazer ... mas tentando. Fiquei e terminei este dia com uma bela massagem ao som das ondas e ao lado de pessoas especiais, amadas. O óleo de massagem me levou ao passado e por vezes transitei entre ele e o futuro(ou pelo menos a tentativa de vê-lo). Mas, alguma estranha lucidez me trouxe para o presente e eu simplesmente curti. Curti muito aquele momento e me perguntei por que não havia nunca feito isto antes. No final da tarde, porém, como é típico dos meus domingos ... chorei e me lamentei por me sentir solitária. E pensei: todo esse esforço foi em vão. Hoje, lendo a frase que começa esta postagem no blogger de uma amiga, pensei mais um pouco e cheguei a seguinte conclusão: chorei como em todos os domingos, mas já não estava chorando do mesmo lugar ... um pequenino passo de cada vez.

domingo, 21 de setembro de 2008

Dia da limpeza do baú!

Eu tenho um baú na sala de estar da minha casa. Ele fica lá ... sozinho ... como se pedisse para que alguém o abra. Hoje, topei esse desafio e o abri! E de repente minha história estava sendo contada por ele. Achei cartas, bilhetes, cartões. Tudo cheirando a naftalina, papéis amarelados pelo tempo. Alguns roídos pelas traças!Lembranças ... . Juras de amor eterno, pedidos de perdão, votos de feliz ano novo, feliz natal, feliz dia dos namorados. Pessoas que passaram pela minha história e que deixaram lembranças. E aquelas cartas e bilhetes, materializaram a história, os sentimentos que permearam o tempo. E fiquei pensando como é absurdo não escrevermos mais cartas e só enviar cartões virtuais. Eu olhava pra os bilhetes que recebi e pensava no rosto das pessoas, nos trejeitos. O esforço de enfeitar com canetinhas, corações desenhados sofridamente, letras bonitas como a do Jackson e algumas outras tão sofridas. E as palavras ... completas, frases pontuadas. Nada de abreviações ou símbolos indecifráveis ... palavras doces, delicadezas, letras de música para expressar sentimentos. Todas ali ... nas minhas mãos... .
Não recebo mais cartões ou cartas ... recebo e-mails que acabam sendo deletados quando enche a caixa de entrada. E esses momentos saudosos ... para onde vão? Voltei no tempo ... e quis ficar por lá, mas tive que voltar!

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

O lado bom da vida!

Mãe

Mãe é uma moça que fica barriguda e de dentro da barriga dela sai uma pessoa chamada: filho. Mãe é o primeiro colo e o primeiro restaurante do filho. Mãe amamenta, alimenta e acalenta. ... Mãe agarra e beija quando o filho está perto ... Mãe aplaude e acha lindo tudo. Mãe guarda os desenhos, os recados. Aquele cartão de páscoa feito no maternal. ... Mãe é assim. (Guto Lins)

Filha

Filha, antes de ser filha, é uma princesa que chega para ser rainha. Depois vai crescendo, crescendo, crescendo e vira rainha de verdade. Filha quando nasce, enche a casa de alegria ... Filha única é a única filha. Sem irmãos, nem precisa entrar na fila. É quase uma ilha: cercada de amor por todos os lados. ... Filha é a ponte entre o ontem e o amanhã. Filha é filha pra sempre. (Guto Lins)

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Apenas respire

Respire (Breathe)

[...] Porque você não pode sair dos trilhos
Somos como carros num cabo
E a vida é como uma ampulheta colada à mesa
Ninguém consegue achar o botão de "voltar", garota
Então coloque a mão na sua consciência
E respire, apenas respire
Oh... respire, apenas respire
[...]
Há uma luz no final de cada túnel, você grita
Porque está tão longe aí dentro
Como se nunca fosse sair
Esses erros que você cometeu, vai cometê-los de novo
Se continuar persistindo
[...]
Se eu puser tudo em um papel
Não estará mais dentro de mim, ameçando a vida a qual ela pertence
E me sinto nua diante da multidão
Porque essas palavras são meu diário gritando
E eu sei que você vai usá-las como quiser
Porque você não pode sair dos trilhos
Somos como carros num cabo
E a vida é como uma ampulheta colada à mesa
Ninguém consegue achar o botão de "voltar" agora
Cante se você entender
E respire, apenas respire
Oh... respire, apenas respire
Oh... respire, apenas respire

Anna Nalick

Coisa simples pra onde você foi?

Que fonte mágica é essa, chamada memória?! Cheiros, sensações, gostos ficam guardados nesta caixinha que vez por outra visitamos em busca de alento ou numa tentativa de nos reencontrarmos para não esquecermos do que somos. Algumas lembranças tristes, outras felizes. Umas que nos fazem rir, outras que nos fazem chorar e, ainda outras que simplesmente nos transportam pra um tempo em que se acreditava mais na vida e se tinha tempo e disposição para contemplar as coisas simples.

Ontem revisitei a minha caixinha de lembranças! Ontem lavei roupa! Mais honesto seria dizer que a Amapola lavou a roupa! Eu? Ah! Eu simplesmente selecionei as roupas, coloquei-as na Amapola e depois de colocar sabão e amaciante, apertei um botão e ela fez todo o serviço sujo. Sim, a Amapola é a minha máquina de lavar. Uma jovem senhora que está comigo há sete anos! Foi o presente da casamento mais bem vindo. Presente de minha avó! Ontem vendo a Amapola trabalhar me lembrei da chegada dela na minha casa. Tinha acabado de casar e ainda estava na fase de brincar de casinha, mesmo assim, se existia alguma coisa da qual eu sabia não ter vocação era para lavar roupa. O espaço também não permitia, morava num apartamento miudinho que sequer tinha área de serviço e, então a Amapola chegou e tomou um bom lugar da cozinha e logo eu e Sérgio começamos a experimentar todas as habilidades da Amapola. Me lembrei do jeito que ficamos ... sentados no chão da cozinha olhando a Amapola lavar e centrifugar e riamos muito principalmente quando tiramos a roupa bem sequinha, o que queria dizer que o chão da cozinha não iria ficar ensopado e qua não teríamos que limpar tudo depois.

Que lembrança tola!!! A quem interessa minhas relações com a minha máquina de lavar? E o que importa se eu e o meu "ex" companheiro riamos como duas crianças num parque de diversões?? Isso me importa!!! Falar disso me lembra de um tempo bom, de um tempo em que eu conseguia me sentir muito feliz com uma simples sessão de lavagem de uma máquina de lavar. Me lembra de um tempo em que eu pensava em possibilidades ... Me lembra de um tempo em que eu sorria mais, lamentava menos e ainda tinha o viço da juventude ... não só no corpo, mas na alma.

No final, guardei esta lembrança de novo na caixinha, mas fiquei com um pergunta na cabeça que muito me lembrou a letra de uma música do Keane, Somewhere Only We Know, que "traduzindo" diz mais ou menos isso:

Esse é o lugar com o qual eu tenho sonhado
Coisa simples para onde você foi?
Eu estou ficando velho e preciso de algo em que confiar
[...]
Eu estou ficando cansado e preciso de algum lugar para começar

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Mais do Grey's Anatomy

Às vezes não importa o quanto você ame uma pessoa, ela simplesmente não pode te amar da mesma maneira. E, viver com alguém que realmente não ame você, pode ser mais solitário do que estar sozinho (Meredith).


Erros são dolorosos, mas eles são a única forma de descobrir quem você realmente é. (Denny Duquette para os pais)


Tenho direito a um pouco de incerteza. De pelo menos um momento para coompreender a magnitude do que significa tirar alguém definitivamente da minha vida. Tenho o direito de pelo menos um momento da dolorosa dúvida. (Derek a Meredith)


And in the end of the day... The fact that we have the courage to still be standing ... It's reason enough to celebrate!
E, no final do dia ... O facto de nós termos a coragem de ainda estarmos de pé ... É motivo suficiente para comemorar!

Desejo

Narração da Meredith (Desire)
"Desire leaves us heartbroken.It wears us out. Desire can wrek your life.But as tought as wanting something can beThe people who suffer the mostAre those who don't know know what they want."
Traduzindo...
"O desejo nos deixa com o coração partido. Nos arrasa. O desejo pode acabar com a sua vida. Mas por mais duro que querer algo possa ser, as pessoas que mais sofrem são aquelas que não sabem o que querem."

"O verdadeiro sonho é poder sonhar afinal"

Narração da Meredith (The Other Side of This Life - Part 2)
"At some point, maybe we accept the dream has become a nightmare.We tell ourselves the reality is better.We convince ourselves it's better that we never dream at all.But the strongest of us, the most determined of us, we hold onto the dream.Or we find ourselves faced with a fresh dream we never considered.We awake to find ourselves... agains all odds... felling hopeful.And if we're lucky, we realize in the face of everything, in the face of life... the true dream is being able to dream at all."
Traduzindo...
"Em certo ponto, talvez aceitemos que o sonho se tornou pesadelo.Nós nos dizemos que a realidade é melhor.Nos convencemos que é melhor nunca sonharmos afinal.Mas o que há de mais forte em nós, de mais determinado, faz com que nós nos agarremos ao sonho.Ou nos deparamos com um novo sonho que nunca consideramos.Acordamos para nos encontrarmos... contra todas as possibilidades... sentindo-nos esperançosos.E se tivermos sorte, nós percebemos, em face de tudo, em face da vida, que o verdadeiro sonho é poder sonhar afinal."

Nossa história é o que nos molda

Ah! Os vícios!!! Um, por hora, se apresenta: sou, sim, viciada na série Grey's Anatomy.Confesso!!! Talvez, muito mais de uns tempos pra cá.
As reflexões da Dra. Meredith Grey, as situações nas quais os personagens se envolvem ... me identifico, me envolvo, me transporto para as situações e reflito.
Algumas das que me marcaram:

Narração da Meredith (Time After Time)
"Some people believe that without history, our lives amount to nothing.At some point, we all have to choose.Do we fall back on what we know?Or do we step forward to something new?It's hard not to be haunted by our past.Our history is what shapes us, what guides us.Our history resurfaces.Time after time after time.So we have to remember...Sometimes the most importante history is the history we're making today"

Traduzindo...
"Algumas pessoas acreditam que, sem uma história, nossas vidas não são nada.Em certo ponto, nós todos temos que escolher.Nos apoiamos no que sabemos?Ou damos um passo para algo novo?É difícil não ser assombrado pelo nosso passado.Nossa história é o que nos molda, nos guia.Nossa história ressurge.Hora após hora após hora.Então temos que lembrar...Às vezes, a história mais importante é a história que estamos escrevendo hoje"

domingo, 24 de agosto de 2008

Desabafo de Domingo

Será o cúmulo da tristeza ficar postando mensagens de desabafo ou letras de música que falam de seu momento, mesmo sabendo que ninguém visita o seu blogger e que essa realidade, muito provalmente não vai mudar?! Pra quem escrevo além de mim? Se ao menos fosse uma daquelas pessoas que encanta com as palavras!?! Mas no final das contas, sou apenas um ser humano equivocado que por falta de "ombro amigo" passa um tempo do seu triste domingo desabafando pra tela do computador. Melhor não reler o que escrevi! Correria o risco de apagar tudo por puro arrependimento, ou seria melhor chamar de lucidez ou sensatez. Mas um ato sensato, neste momento, seria como se desabafo retornasse as minhas entranhas e continuasse a me causar tanta dor e tristeza quanto a que me levou a abrir o computador, entrar num blogger pouco interessante que, por acaso, é meu e, escrever, escrever, escrever, de fato, talvez, pra ninguém ler.

No Toca Fita

Sem Você

“Pra onde eu vou agora livre mas sem você?
pra onde ir, o que fazer, como eu vou viver?
Eu gosto de ficar só
mas gosto mais de você
Eu gosto da luz do sol
mas chove sempre agora
sem você
sem você
sem você

Às vezes acredito em mim mas às vezes não
às vezes tiro meu destino das minhas mãos
talvez eu corte o cabelo
talvez eu fique feliz
talvez eu perca a cabeça
talvez esqueça e cresça
sem você
sem você
sem você
sem você

Talvez precise de colchão, talvez baste o chão
talvez no vigésimo andar, talvez no porão
talvez eu mate o que fui
talvez imite o que sou
talvez eu tema o que vem
talvez te ame ainda
sem você
sem você
sem você
sem você”

Arnaldo Antunes e Carlinhos Brown

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Solidão Acompanhada

Saudade

Saudade é solidão acompanhada,
é quando o amor ainda não foi embora,
mas o amado já...
Saudade é amar um passado
que ainda não passou,
é recusar um presente
que nos machuca,
é não ver o futuro
que nos convida...
Saudade é sentir que existe
o que não existe mais...
Saudade é o inferno dos que perderam,
é a dor dos que ficaram para trás,
é o gosto de morte
na boca dos que continuam...
Só uma pessoa no mundo
deseja sentir saudade:
aquela que nunca amou.
E esse é o maior dos sofrimentos:
não ter por quem sentir saudades,
passar pela vida e não viver.
O maior dos sofrimentos
é nunca ter sofrido.

Pablo Neruda